UM ANO DE NOVIDADES PARA OS FÃS DA FAMÍLIA LENNON

Para quem é fã dos Beatles e naturalmente acompanhou cada passo da carreira solo dos ex-integrantes depois da separação da banda, seguir de perto a trajetória dos herdeiros de John Lennon parece quase inevitável. Afinal, o cantor e compositor deixou uma obra riquíssima, construída tanto ao lado de Yoko Ono quanto em sua jornada individual, mas, com o passar dos anos, a curiosidade e a atenção da mídia também se voltaram para os caminhos escolhidos por seus filhos, Julian e Sean Lennon.

Cada um deles seguiu pela trilha da música a seu modo, explorando sonoridades, colaborações e linguagens distintas, e, hoje, já carregam um legado próprio, que dialoga com a herança paterna sem se limitar a ela. Essa mistura de respeito à tradição e busca por identidade própria sempre atraiu o olhar dos fãs, que continuam atentos a cada novo lançamento, seja em disco, livro, exposição ou mesmo em projetos ligados ao legado oficial de John e Yoko.

E 2025, em especial, tem se mostrado um ano cheio para os dois. Julian e Sean estão em plena atividade, cada qual dentro de sua agenda artística: de novos videoclipes e um EP inédito às caixas comemorativas, filmes em IMAX e livros ilustrados. Por isso, vale organizar o que já saiu, o que vem aí e — detalhe importante — onde encontrar cada material, sem confundir os perfis solo dos artistas com os canais oficiais que administram o catálogo histórico de John & Yoko.

Mas antes de mergulhar nesses detalhes, vamos relembrar da trajetória desses dois artistas, para entender como cada um foi construindo sua própria personalidade no mundo da música ao longo do tempo.

Os caminhos musicais de Julian e Sean Lennon

Quem começou primeiro?

Crédito da imagem: capa do álbum Valotte (1984) do cantor Julian Lennon

Na ordem do tempo, foi Julian Lennon quem deu o primeiro passo. Filho mais velho de John com Cynthia Powell, ele nasceu em 1963 e cresceu assistindo de perto os anos finais da Beatlemania. Seu primeiro álbum, Valotte (em destaque acima), saiu em 1984 e trouxe o hit homônimo e a faixa “Too Late for Goodbyes”, logo colocando Julian no mapa das rádios internacionais. O disco foi indicado ao Grammy de Artista Revelação em 1985, e a crítica não deixou de notar o timbre de voz parecido com o do pai. Para muitos fãs, era impossível não associar — como se o DNA musical de John Lennon estivesse vivo ali, agora em nova geração.

Crédito da imagem: capa do álbum Into The Sun (1998) do cantor Sean Ono Lennon

Já Sean Ono Lennon, filho de John e Yoko Ono, nasceu em 1975 e entrou na música de forma gradual. Seu primeiro trabalho de destaque veio em 1998, com o álbum Into the Sun, lançado pelo selo Grand Royal (do Beastie Boys). Ao contrário do irmão, Sean buscou caminhos mais experimentais desde cedo, transitando entre o rock alternativo, o folk e parcerias com nomes da cena indie e experimental, como Cibo Matto e, mais tarde, Les Claypool (Primus). Mesmo sem a mesma semelhança vocal com o pai, Sean herdou de John o gosto por experimentação e por quebrar formatos tradicionais na música.

A herança genética indissociável

O interessante é perceber como, mesmo trilhando rotas diferentes, os dois mantiveram vivo o fio condutor da obra paterna: a mistura de pop acessível e confessional no caso de Julian, e a busca pela ousadia sonora e pela reinvenção no caso de Sean. A forma de cantar e até o timbre vocal dos irmãos também fazem parte dessa herança genética e artística, criando uma ponte natural com a memória de John. Em ambos, o espírito criativo de John Lennon aparece como referência constante — seja na melodia direta que conquista o público, seja no impulso de transformar cada projeto em um manifesto artístico.

Julian Lennon: o artista músico-fotógrafo em fase de alta produção, cruzando estúdio e galeria.

Na música: novos vídeos, EP à vista e o projeto artístico completo

Nas últimas semanas, Julian lançou dois clipes novos: o vídeo da balada “I Hope” — que estreou com exclusividade na PEOPLE — e o clipe oficial de “because…”, apresentado pela American Songwriter. Ambos fazem parte de um EP de quatro faixas que chega em 24 de outubro. No pacote também estão “Keep on Searching” e “I Won’t Give Up”.

O EP foi mixado por Adrian Bushby e produzido por Justin Clayton e pelo próprio Julian, com contribuições de Andrew Watt e Louis Bell. E sim, Julian enfatiza a liberdade de estar independente nessas gravações que nasceram de demos do fim dos anos 80/início dos 90. Para pré-venda/pré-save no canal oficial acesse AQUI. Assista abaixo aos singles.

Para além da música:

Fotografia, livro e exposições

Este ano de 2025 marcou a abertura de Reminiscence, mostra individual de Julian na Fremin Gallery, em Nova York (6 de março a 6 de abril), com imagens inéditas e peças do novo livro de fotografias Life’s Fragile Moments (editora teNeues). Se você não viu a retrospectiva Whispers em Veneza em 2024, há galeria virtual gratuita com parte do material.

Engajamento e filantropia

A White Feather Foundation — instituição criada por Julian — segue ativa; em setembro foram anunciadas as bolsistas de 2025 do Cynthia Lennon Scholarship for Girls.

Sean Ono Lennon: o produtor-curador por trás do legado

Muita gente procura “lançamentos do Sean” no Spotify/YouTube e não encontra nada recente no perfil solo. Motivo: em 2025, a maior parte do movimento dele está como produtor/curador do legado John & Yoko — ou seja, os lançamentos aparecem nos canais do John Lennon/UMe, não em “Sean Ono Lennon”. O álbum solo mais recente de Sean é Asterisms (2024), pelo selo Tzadik.

Projetos assinados por Sean

Filme–evento em IMAX. Em 11 de abril, estreou nos cinemas IMAX o documentário One to One: John & Yoko, dirigido por Kevin Macdonald e produzido por Sean, com áudio dos concertos (1972) remixado a partir dos multis originais. O filme também teve site oficial e campanha internacional. Recorde o trailer.

A grande caixa. Na próxima sexta-feira, 10 de outubro, chega POWER TO THE PEOPLE (The Ultimate Collection), box de 9 CDs + 3 Blu?Rays (além de formatos em LP/CD), cobrindo a fase politizada de 1971–1972 e trazendo os shows One To One (tarde e noite) totalmente remixados. Produção geral de Sean Ono Lennon, mixes por Paul Hicks e Sam Gannon, master por Alex Wharton (Abbey Road). Pré-venda já está no site oficial. Acesse todas as informações AQUI.

Entre os conteúdos já liberados está “Sunday Bloody Sunday (2025 Ultimate Mix / Extended)”. Assita abaixo.

Além disso, em abril, saiu um EP 12” com quatro faixas dos shows One To One, remixadas a partir dos multis. Edição limitada em vinil amarelo de 180 g — crédito de produção para Sean, mixes por Hicks/Gannon.

Para anotar na agenda:

10 de outubroPOWER TO THE PEOPLE (The Ultimate Collection) — John & Yoko/Plastic Ono Band (deluxe 9CD + 3 Blu?Rays e outros formatos).

24 de outubro — Julian Lennon — EP because… (com “because…”, “I Hope”, “Keep on Searching” e “I Won’t Give Up”).

4 de novembro — Livro infantil ilustrado War Is Over! (adaptação do curta vencedor do Oscar), coassinado por Sean Ono Lennon.

[Antena 1]

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