No estudo da performance, é comum observar as trajetórias de vida de artistas musicais que marcaram as suas gerações. Neste artigo, procuraremos fazer uma análise do legado do clarinetista Lourival Oliveira, que completaria 100 anos de nascimento no ano de 2018.

Imagem da capa e contracapa do LP 60.118 – “Os Cabras de Lampião”. Fábrica de Disco Rozemblit, 1979. |
Homenagem ao legado do clarinetista Lourival Oliveira
Hoje é notório o reconhecimento do maestro, clarinetista, saxofonista e compositor de frevos Lourival Oliveira, natural de Patos na Paraíba, como um dos mais importantes compositores do gênero. Seu relato de vida nos apresenta traços comuns que possivelmente identificam fatores de uso, desuso e da prática da clarineta em geral.
Trajetória profissional
Ao observar a trajetória profissional de Lourival Oliveira, é possível notar que ele foi capaz de idealizar inovações em seu meio, modificando-se, por sua vez, entre si. Ele estudou música com Luís Benjamim de 1933 a 1937 ainda em Patos, e em 1938, no Recife, ingressou na Banda da Polícia Militar de Pernambuco. Em 1940, estudou harmonia com Levino Ferreira e com Horácio Vilela no Conservatório Pernambucano de Música. Em 1945 licenciou-se da Polícia Militar e passou a integrar a Orquestra da Rádio Clube de Pernambuco por onze anos.

Imagem da capa e contracapa do LP 60.118 – “Os Cabras de Lampião”. Fábrica de Disco Rozemblit, 1979. |
Produção musical
Lourival Oliveira foi capaz de produzir uma série de frevos de rua, com nomes dos cangaceiros do bando de Lampião, reunidos em LP pela Fábrica de Discos Rozemblit, em 1979. Seu primeiro frevo, “Frevo a jato”, foi produzido em 1950. Além disso, a RCA também gravou frevos do compositor. Ele também compôs uma série de frevos dedicados à clarineta.
Compôs uma série de frevos de rua com nomes dos cangaceiros do bando de Lampião que foram reunidos em LP pela Fábrica de Discos Rozemblit, em 1979: “Lampião” (1960); “Corisco” (1961); “Maria Bonita” (1962); “Volta seca” (1963); “Ponto fino” (1964); “Sabino” (1965); “Pilão deitado” (1966); “Cocada” (1968); “Ventania”.
No encerramento deste pequeno artigo, é importante destacar o legado do clarinetista Lourival Oliveira, que é lembrado até hoje. Sua trajetória profissional teve um grande papel na história da música brasileira e contribuiu para a influência social das expressões musicais. Seu trabalho foi capaz de modificar a realidade de seu meio, sendo que sua produção musical se tornou referência para diversas gerações.
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Agradecemos ao patoense Inácio Nóbrega pela sugestão de reportagem
mnegreiros.com com informações da UFPE