Um vídeo mostra a plataforma marítima de Atlântida, na cidade de Xangri-Lá, no Rio Grande do Sul, poucas horas após desabar neste domingo (15/10). O local é um dos principais pontos turísticos do litoral norte gaúcho.
Assista:
No vídeo, é possível observar a estrutura danificada, meio retorcida e quebrada em uma de suas partes, pendendo parcialmente para fora do deque.
Um dia antes do ocorrido, a prefeitura de Xangri-Lá havia divulgado que é preciso um investimento de R$ 5,7 milhões para a revitalização do local, fora a autorização do Ministério Público Federal (MPF) e da Superintendência do Patrimônio da União (SPU).
Histórico
De acordo com a prefeitura da cidade, negociações para reparos do local, entre a administração municipal e a Associação dos Usuários da Plataforma Marítima da Atlântida (Asuplama), órgão independente responsável pela manutenção do local, estavam em andamento.
A área da plataforma foi interditada pela associação. A prefeitura pede que surfistas e banhistas tenham cuidado ao entrar na água perto do local.
Em 2021, uma reforma do local chegou a ser acordada entre a prefeitura e a associação, com participação do Ministério Público Federal (MPF) e do governo federal, entraves burocráticos, atrasaram a obra.
Desde lá, a plataforma teve sua estrutura ainda mais deteriorada, com corrosões, rachaduras e rompimentos nas vigas de suporte.
Em 1997, uma parte da estrutura da plataforma já havia cedido, e nunca foi completamente restaurada. Ondas fortes em 2016 e 2019 também já haviam danificado parte do píer.
Fundada em 1975, a plataforma avança por cerca de 280m sobre o mar.
De acordo com a Asuplama, o local recebe cerca de 30 mil turistas por ano e é usado principalmente para pesca. Em algumas épocas do ano, é possível ver baleias no local.
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