Venezuela reage ao envio de navio britânico para a Guiana

O governo venezuelano se pronunciou sobre o anúncio do Ministério da Defesa do Reino Unido de que enviará, logo depois do Natal, um navio para a prática de exercícios militares para a Guiana.

De acordo com a BBC, a embarcação deve se unir a aliados do país sulamericano, que foi colônia britânica até 1966.

O aviso da emissão do navio de guerra para a região aumentou as tensões com a Venezuela, que ameaça invadir o território de Essequibo, rico em petróleo e outras commodities. Sua extensão é maior do que o Estado do Ceará.

A disputa remonta a 1814, quando os holandeses entregaram o local aos britânicos, o que os espanhóis não validaram. A área está sob a administração de Georgetown, capital guianense.

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Diante da iminente presença britânica na região, o ministro da Defesa venezuelana, Vladimir Padrino López, reprovou a “interferência”. Para ele, a movimentação é uma forma de “provocação” ao seu país.

“Um navio de guerra em águas a serem delimitadas?, contestou. “E o compromisso com a boa vizinhança e a convivência pacífica? E o acordo de não ameaçar e usar a força mutuamente em nenhuma circunstância?”, escreveu López no Twitter/X.

Segundo ele, a intervenção britânica representa uma “provocação que coloca em risco a paz e a estabilidade do Caribe e da América”.

Diálogo em meio à disputa

Maduro decretos | O anúncio dos decretos foi feito durante um discurso a milhares de pessoas na capital venezuelana | Foto: Reprodução/Wikimedia Commons
Ditador Nicolás Maduro está disposto a manter diálogo | Foto: Reprodução/Wikimedia Commons

Venezuela e Guiana já se comprometem finalmente a não usar força na disputa por Essequibo.

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, e o presidente da Guiana, Irfaan Ali, se encontraram, no último dia 14, para discutir a disputa pelo Essequibo.

Caracas relatou que os dois lados expressaram a disposição em manter o diálogo para conter a crise.

Confira: “Guiana não descarta base dos EUA no país”

A conversa foi promovida pela Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e pela Comunidade do Caribe (Caricom), com apoio do Brasil, e tenta conter a crise que preocupa todo continente.


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