Filho de dono de mercado que funcionava no feriado teria dado murro.
Polícia Civil tentou deter suspeito em flagrante, mas ele não foi encontrado.
no final da manhã desta quarta (1º), Dia Internacional do Trabalho,
enquanto acompanhava uma fiscalização do Ministério do Trabalho e do
Emprego (MTE). O equipamento do próprio cinegrafista, que não parou de
filmar, registrou a agressão. Veja acima.
Exatamente por conta do feriado, o estabelecimento não poderia estar em
funcionamento, de acordo com a Lei Municipal e a Convenção Coletiva dos
Trabalhadores do Comércio. De acordo com a lei, o comério só pode abrir
nos feriados autorizados, o que não é o caso do Dia do Trabalho, além
de outras datas como o Ano Novo, Natal e Dia do Comerciário, comemorado
em agosto.
Região, José do Nascimento Coelho, informou que estava participando de
uma vistoria, em companhia de auditores do MTE, quando o cinegrafista
Damião Tomé, que já estava sendo ameaçado verbalmente pelo proprietário
do estabelecimento, foi agredido pelo filho do homem com um soco que o
derrubou no chão, danificou seu equipamento e o deixou com um corte na
boca.
“Na hora que eu me senti ameaçado verbalmente pelo senhor de idade, que
eu não conheço, que eu não sei quem é, fiquei sempre atento porque eu
já imaginava que eu ia ser agredido. Mas de repente apareceu um rapaz,
um jovem, que eu acho que provavelmente deve ser filho dele, me deparei
com um murro no meu rosto, que eu não esperava. Cai, não vi mais nada”,
relatou Damião.
Acompanhado pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio,
o cinegrafista prestou queixa na Central de Polícia de Campina Grande,
onde também fez exame de corpo de delito. A Polícia Militar esteve no
local da agressão, ouviu testemunhas e procurou pelo suposto agressor
para detê-lo em flagrante, mas ele não foi encontrado. O escrivão
Marcelo Francisco confirmou que foi registrado o boletim de ocorrência,
mas, como ninguém foi preso em flagrante, o caso será encaminhado para a
3ª Delegacia Distrital nesta quinta-feira (2).
“É um ato muito covarde, o companheiro estava em pleno exercício de sua
liberdade, exercendo a tarefa para a qual foi contratado, quando é
agredido desta forma. Sabemos que há um depósito no local e que o
agressor está escondido lá, tentando se livrar do flagrante”, afirmou o
sindicalista.
Ele ainda acrescenta que o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio não
vai deixar a situação impune. Em parceria com a Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil na Paraíba
(CTB-PB), será encaminhado um documento relatando o acontecido,
juntamente com o Boletim de Ocorrência, para a Secretaria de Segurança
Pública do Estado (SSP-PB) e para o Ministério da Justiça.
José do Nascimento Coelho também informa que a atitude agressiva dos
proprietários do mercadinho em questão não é recente. Em dezembro de
2011, ele teria sofrido ameaças de morte e chegou a levar o caso à
justiça. “Perante o juiz, o proprietário se retratou. Por isso, suspendi
o processo. Mas vamos acionar a Justiça desta vez também”, finalizou.
Fonte G1/PB
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