Amanhã (25) é celebrado o Dia Mundial do Vitiligo, data criada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) com o intuito de criar conscientização e diminuição do estigma e preconceito da doença que, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), se caracteriza pela perda da coloração da pele. As lesões formam-se devido à diminuição ou à ausência de melanócitos, que são as células responsáveis pela formação da melanina, pigmento que dá cor à pele, nos locais afetados.
O vitiligo não é uma doença infecciosa, por tanto, não se transmite de uma pessoa para outra.
A condição afeta em torno de 1% a 2% da população mundial. No Brasil, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o vitiligo afeta 0,5% da população brasileira. Ou seja, aproximadamente 1 milhão de pessoas, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Causas
A doença não tem causas totalmente esclarecidas, mas acontecimentos autoimunes podem ter associação com o vitiligo. Alterações ou traumas emocionais podem estar entre os fatores que causam ou agravam a doença.
Sintomas
Na maioria das vezes, o paciente não apresenta sintomas além das manchas brancas na pele, mas em alguns casos, podem ter sensibilidade e dor no local afetado da pele.
O médico dermatologista é que pode identificar o vitiligo e classificá-lo de duas formas:
- Segmentar ou Unilateral: manifesta-se apenas em uma parte do corpo, normalmente quando o paciente ainda é jovem. Pelos e cabelos também podem perder a coloração.
- Não segmentar ou Bilateral: é o tipo mais comum; manifesta-se nos dois lados do corpo, por exemplo, duas mãos, dois pés, dois joelhos. Em geral, as manchas surgem inicialmente em extremidades como mãos, pés, nariz e boca. Há ciclos de perda de cor e épocas em que a doença se desenvolve. Depois, há períodos de estagnação. Estes ciclos ocorrem durante toda a vida; a duração dos ciclos e as áreas despigmentadas tendem a se tornar maiores com o tempo.
Tratamento
Mesmo que ainda não tenha cura, existem formas de tratamento que visam diminuir o aumento das lesões e a repigmentação da pele.
O tratamento é individual e deve ser recomendado por um especialista, que indica a opções terapêutica de acordo com as características de cada pessoa.
É possível utilizar tecnologias como o laser, técnicas cirúrgicas ou de transplante de melanócitos como formas de tratamento.
Prevenção
Pessoas com a doença devem evitar fatores que causem o aparecimento de novas lesões ou até mesmo realçar as que já existem, como o uso roupas apertadas, ou que provoquem atrito ou pressão sobre a pele, e também diminuir o contato com a exposição solar, assim como, também, o controle do estresse.
As lesões provocadas pela doença, não raro, causam impacto na qualidade de vida e na autoestima. Na maioria dos casos, é recomendado o acompanhamento psicológico, que pode trazer efeitos positivos nos resultados do tratamento.
Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Ministério da Saúde.
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