A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que os institutos de pesquisa esclareçam as motivações para as divergências dos resultados das pesquisas em relação à margem de erro. Além disso, ainda interpelou quais medidas estão sendo adotadas para evitar que esse cenário se repita no segundo turno das eleições.

“O cenário de desencontro das informações implica uma verdadeira campanha de desinformação em prejuízo da livre formação da vontade eleitoral”, comunicou a campanha, que também encaminhou o documento à Procuradoria-Geral da República (PGR).

A campanha ainda informou que não busca acabar com as pesquisas, mas que os institutos devem explicar como executam seus trabalhos. “Embora sejam naturais as divergências entre o resultado das urnas e os números das pesquisas, os erros crassos que envolveram as pesquisas eleitorais, neste pleito de 2022, são notoriamente repulsivos e merecem ser apurados com a devida profundidade e extensão.”

A diferença de votos entre as candidaturas adversárias e a do presidente pode ter levado a muitos efeitos no eleitorado, conforme a campanha. “Por exemplo, a promoção da candidatura adversária mais bem avaliada, com eleitores buscando solucionar as eleições no primeiro turno; o direcionamento de mais votos para a candidatura adversária mais bem colocada, envergonhando os eleitores de Jair Bolsonaro de expressarem publicamente suas opiniões”, informou.

Na terça-feira 4, o ministro Anderson Torres, da Justiça, pediu à Polícia Federal que abrisse um inquérito sobre a atuação dos institutos de pesquisas eleitorais. De acordo com Torres, a solicitação atende a uma representação recebida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública que mostra “condutas que, em tese, caracterizam a prática de crimes perpetrados”.

Pedidos de CPI contra pesquisas

Na terça-feira 3, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) enviou um requerimento para abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra os métodos de apuração das pesquisas eleitorais dos principais institutos brasileiros. Ele defende investigar o sistema e os modelos adotados na realização dos levantamentos.

Segundo o parlamentar, a comissão seria necessária para “aferir as causas das expressivas discrepâncias entre as referências prognósticas, principalmente de curtíssimo prazo, e os resultados apurados”. O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), anunciou na segunda-feira 3 que vai apresentar um projeto de lei para criminalizar o erro nas pesquisas.

Já Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado federal reeleito e filho de Bolsonaro, disse que começou a coletar assinaturas para abrir uma comissão para investigar os institutos de pesquisa. Houve erros grosseiros, como os mais de 10 pontos porcentuais em relação ao que apontavam as pesquisas na véspera da eleição e o resultado das urnas no domingo 2, em desfavor do presidente.

A diferença foi de 5 pontos: Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficou com 48%, e Bolsonaro com 43%. Também houve erros significativos para os cargos de governador e senador em vários Estados.





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