Durante sua live rotineira nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou nesta quarta-feira, 5, sobre um vídeo de 2017 em que o chefe do Executivo aparece em uma reunião maçônica. Depois das imagens, muitas pessoas teriam dito que ele era maçom.
“Agora, saiu na mídia que eu visitei uma loja maçônica”, disse o presidente. “Fui, sim. Foi a única vez que fui. Eu era candidato a presidente e pouca gente sabia. Na época, eu fui muito bem recebido por todos os integrantes. Depois, não visitei novamente, pois sou agora um presidente de todos.”
Bolsonaro ainda destacou que a esquerda usou o episódio, antigo, para fazer um “estardalhaço”. “Não tenho nada contra os maçons”, explicou. “Quero o apoio de todos os cidadãos do Brasil.” O presidente também ressaltou que não tem nada contra os homossexuais e citou um episódio em que um gay de direita vibrou ao vê-lo pessoalmente.
“Em 2018, falaram que eu ia matar gays se me elegesse”, lamentou. “Pelas minhas mãos não morreu ninguém. Se o número de mortes dos gays tivesse aumentado, estaria na capa dos jornais. Inclusive, o número de mortes violentas diminuiu 40% com o nosso governo. Aqui estão inclusos mulheres, negros, etc.”
Vídeo de Bolsonaro ‘maçom’
Na terça-feira 4, um vídeo em que o presidente aparece em uma reunião maçônica viralizou nas redes sociais. As palavras “maçonaria”, “decepção”, “Bolsonaro satanista” e “traidor” estavam entre os assuntos mais comentados do Twitter.
O compartilhamento do vídeo poderia afetar de alguma forma a campanha do presidente, que está a caminho do segundo turno da eleição. O voto cristão é uma parte importante do eleitorado de Bolsonaro.
Na terça-feira, o deputado federal André Janones (Avante) gravou um vídeo levantando suspeitas sobre a relação do chefe do Executivo com a maçonaria. O aliado de Lula relatou que teve uma oportunidade de entrar na seita, mas que foi alertado sobre a necessidade de “vender a alma” para aceitar o convite.
“Em 2012 eu tinha uma noiva e, nessa época, eu recebi um convite para ingressar na maçonaria”, explicou Janones, na transmissão feita em frente à Igreja Universal. “Não era cristão ainda. No dia de aceitar o convite, minha então sogra me chamou em uma conversa com toda a família e me mostrou um vídeo do tio Chico, quem é da época vai lembrar, os irmãos evangélicos lembram, em que ele explica o que acontece lá, o pessoal que vende a alma, o negócio do pacto lá com o bode, etc.”