Contrariando o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente eleito, Geraldo Akcmin (PSB), garantiu que nenhuma reforma feita nos últimos anos será desfeita pela nova gestão. A fala aconteceu num evento do Grupo Esfera, realizado no Guarujá, litoral de São Paulo (SP).

Alckmin citou como exemplo a reforma trabalhista — criticada por Lula há poucas semanas. Além disso, o ex-governador de SP afirmou que o imposto sindical não voltará.

“Não tem reformas a serem desfeitas”, declarou o vice-presidente eleito. “A reforma trabalhista é importante. Não vai voltar imposto sindical nem legislado sobre o acordado.”

Conforme noticiou a revista Veja, a equipe de transição de Lula estuda criar uma “taxa negocial” para substituir o imposto sindical. O sindicato quem decidiria o valor a ser descontado da folha de pagamento do trabalhador.

Lula critica reformas

Em abril deste ano, Lula comparou a Reforma da Previdência à bomba de Hiroshima. “Reforma pressupõe uma coisa boa”, afirmou o petista. “Quando você diz que vai reformar sua casa, seu carro, é para melhorar. Mas o que está sendo feito não é uma reforma; eles estão destruindo o que já têm. Isso tá mais para bomba de Hiroshima do que para reforma.”

Além disso, o presidente eleito critica veementemente a política do teto de gastos, garantindo que seu governo vai trabalhar com responsabilidade social. Conforme disse Lula, o teto serve a “banqueiros gananciosos”.

Durante o evento desta tarde, Alckmin declarou ser preciso rever algumas regras para as pessoas que trabalham nas plataformas digitais de entrega. “Estamos frente às plataformas digitais que precisam ser verificadas”, observou. “Um menino que entrega lanche, não tem aposentadoria, não tem nada.”

Segundo o vice-presidente eleito, Lula deseja que o Brasil “cresça” para “atrair investimento, ter renda e melhorar a vida das pessoas”. Além disso, afirmou que o petista tem sim preocupação fiscal. “Quem apostar em irresponsabilidade fiscal vai se decepcionar e errar”, disse.

Em 17 de novembro, ao participar da COP27, Lula declarou que “não adianta pensar só em responsabilidade fiscal”. “Vai aumentar o dólar, cair a Bolsa? Paciência”, explicou. O presidente eleito criticou novamente o teto de gastos e disse preferir a “responsabilidade social” do que a “responsabilidade fiscal”.

“Quando colocamos uma coisa chamada teto de gastos, tudo o que acontece é que tira dinheiro da saúde, da educação, da cultura”, disse Lula. “Você tenta desmontar tudo aquilo que faz parte do social e você não tira um centavo do sistema financeiro. Se eu falar isso, vai cair a bolsa, o dólar vai aumentar, paciência.”





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