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Covid-19: O legado para a insuficiência cardíaca – Novas recomendações e perspectivas.

A insuficiência cardíaca é uma condição caracterizada pela incapacidade do coração de bombear o sangue para o corpo. Atualmente, ela afeta mais de 64 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo que apenas 25% dos pacientes sobrevivem cinco anos após o diagnóstico. Para aqueles com 85 anos ou mais, a taxa de sobrevivência é de apenas 17,4%.

Os sintomas mais comuns da insuficiência cardíaca incluem sensação de cansaço, suor frio, falta de ar, tonturas, sensação de coração acelerado, tosse, perda de apetite, palidez e inchaço nas pernas, pés e abdômen. A doença pode ter diversas causas, que vão desde sequelas de infarto, diabetes, hipertensão, patologias nas válvulas cardíacas, doenças autoimunes, infecções variadas, obesidade até intoxicação por medicamentos.

Com a pandemia da Covid-19, surgiram novas dúvidas em relação ao tratamento e segurança dos medicamentos utilizados por pacientes com insuficiência cardíaca crônica que contraíram o vírus. No entanto, estudos científicos comprovaram a segurança desses medicamentos mesmo em casos de infecção por coronavírus. Recentemente, foi atualizada a Diretriz de Insuficiência Cardíaca, concluindo que as drogas amplamente utilizadas no tratamento da doença podem ser mantidas mesmo se o paciente estiver com Covid-19, desde que haja acompanhamento médico individualizado.

É importante ressaltar que a Covid-19 pode mascarar os sintomas de descompensação da insuficiência cardíaca, portanto, a testagem para o vírus é recomendada tanto em sala de emergência como em ambulatórios. As recomendações para a terapia farmacológica da insuficiência cardíaca continuam as mesmas, visando aliviar congestão, controlar comorbidades e reduzir sintomas e a progressão da doença. Nos casos mais graves, a opção pode ser um transplante ou dispositivos implantáveis, como o cardiodesfibrilador interno (CDI), para reduzir o risco de morte súbita.

No entanto, a prevenção ainda é a chave para evitar a insuficiência cardíaca. Manter o peso ideal, não fumar nem beber em excesso, praticar atividades físicas regularmente, controlar a pressão arterial e a diabetes, ter uma alimentação saudável e limitar o consumo de sal são medidas eficazes para manter a doença sob controle ou evitar o agravamento do quadro.

É importante ressaltar que este conteúdo foi escrito por Felix Ramires, cardiologista e diretor científico da SOCESP – Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo.


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