Duas das empresas alvos da Operação Feira de Mangaio, deflagrada hoje, estão ligadas a familiares da ex-presidente da Federação Paraibana de Futebol (FPF), Rosilene Gomes. As empresas em questão são a Meta Comércio e Serviços Eireli e a HML Comercial LTDA (O Rei dos Esportes).
A operação visa combater irregularidades em processos de contratação de empresa, realizados por municípios paraibanos, para o fornecimento de produtos e/ou prestação de serviços diversos, a exemplo do fornecimento de material esportivo, utensílios de cozinha, postes de concreto armado, até instalação de ar condicionados e de assessoria de comunicação e imprensa.
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“Trata-se de um núcleo familiar extremamente engajado em participar de licitações com o intuito de fraudá-las”, diz o Ministério Público da Paraíba (MPPB).
A empresa Meta Comércio e Serviços Eireli, segundas investigações apontam, pertence a Douglas Bernardo Azevêdo, que já teria sido anteriormente funcionário da empresa O Rei dos Esportes.
Entre os representantes da empresa META e que lidera um agrupamento de empresas que juntas participam de licitações em comum está Douglas de Araújo Gomes, filho de Rosilene Gomes, por sua vez sócia da empresa S & A Comércio de Artigos Esportivos LTD, O Rei dos Esportes e Sport Center Comércio de Artigos Esportivos LTDA.
Por sua vez, a HML Comercial LTDA (O Rei dos Esportes) tem entre os sócios Gisele Araújo Gomes, que é nora de Rosilene Gomes.
A defesa de Rosilene Gomes informou que está preparando uma posicionamento sobre o caso.
A operação
A “Operação Feira de Mangaio”, que apura irregularidades na contratação de grupo empresarial por diversos municípios paraibanos, foi desencadeada na manhã desta quarta-feira (23). As investigações têm por objetivo apurar fraudes em procedimentos licitatórios, bem como desarticular o grupo responsável pelas respectivas contratações. A Operação consiste no cumprimento de 8 mandados de busca e apreensão nas cidades de João Pessoa e Cabedelo.
O trabalho conjunto está sendo realizado em parceria pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MPPB – GAECO/PB, Controladoria-Geral da União (CGU), Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB), Secretaria da Fazenda do Estado da Paraíba – SEFAZ, além das Polícias Civil e Militar, sendo o primeiro trabalho realizado pelo Observatório da Gestão Pública.
O TCE-PB disponibilizou informações financeiras, de contratos e licitações, com a participação das empresas envolvidas, disponibilizadas no Sistema de Acompanhamento da Gestão dos Recursos da Sociedade (Sagres) e no sistema de controle de processos. Cinco auditores de contas públicas do TCE participaram da operação conjunta.
A ação visa combater fraudes em processos de contratação, realizados por municípios paraibanos, tendo como objeto a contratação de empresa para o fornecimento de produtos e/ou prestação de serviços diversos, a exemplo do fornecimento de material esportivo, utensílios de cozinha, postes de concreto armado, até serviços de instalação de ar condicionados e de assessoria de comunicação e imprensa, grande parte durante a pandemia.
Matéria de parlamentopb