Peiter Zatko acusou a rede social de ter mentido sobre seu real número de contas falsas

unsplash/Brett Jordantwitter fora do ar
Plataforma está sendo acusada de mentir sobre seu real volume de contas falsas

Nesta terça-feira, 23, o ex-chefe de segurança do Twitter, Peiter Zatko, acusou a rede social de ter maquiado as vulnerabilidades de seu sistema de proteção de dados e de ter mentido sobre a luta contra as contas falsas dentro da plataforma. As informações vieram à tona por meio de depoimento exclusivo ao jornal The Washington Post e à rede CNN. Zatko entregou, no mês passado, um documento à agência reguladora do mercado de ações estadunidense, ao departamento de Justiça americano e à agência Federal Trade Comission, no qual apontou “erros graves e grosseiros, desconhecimento deliberado e ameaças à segurança nacional e à democracia”, segundo foi noticiado pela imprensa. O denunciante mencionou servidores obsoletos, programas vulneráveis a ataques cibernéticos e executivos que tentam esconder dos acionistas e autoridades americanas as tentativas de pirataria. Também indicou que o Twitter privilegia o aumento da quantidade de usuário, ao invés do combate ao disparo de mensagens em massa e robôs. A exposição de Zatko argumenta que, como a plataforma contabiliza os usuários baseada no número ao qual se pode chegar através da publicidade, em vez de contar o número real de contas, a verdadeira proporção de robôs de spam é efetivamente desconhecida.

O ex-funcionário do Twitter também acusa a rede social e diretor-executivo, Parag Agrawal, de emitir declarações falsas sobre o número de contas porque “se as medições exatas fossem divulgadas, prejudicariam a imagem e a valorização da empresa”. Em nota à AFP, o Twitter classificou a denúncia como “um amontoado de incoerências e imprecisões” e garantiu que a proteção de dados é uma de suas prioridades. A empresa denunciou também o oportunismo de Zatko, que tenta “prejudicar o Twitter, seus clientes e seus acionistas”. Indicou ainda que o demitiu em janeiro por “falta de liderança e mau desempenho”. “O que vimos até agora é uma narrativa falsa sobre o Twitter e nossas práticas de privacidade e segurança de dados, repleta de inconsistências e imprecisões e sem contexto importante… Segurança e privacidade no Twitter têm sido prioridades de toda a empresa e continuarão sendo”, afirmou um porta-voz da plataforma à CNN norte-americana. A equipe legal de Zatko qualificou de “falso” o que foi dito sobre seu trabalho e sua saída do Twitter, destacando que foi demitido após se confrontar com Agrawal.

Uma versão do documento com as queixas sobre o Twitter foi datada em 6 de julho, quase uma semana antes de a companhia lançar sua ação para tentar forçar o magnata Elon Musk a cumprir o acordo de compra. As contas falsas estão no centro de uma batalha legal entre o Twitter e o bilionário, que acusa a empresa de minimizar a proporção de contas falsas e spam, estimada em 5% pela plataforma. Musk tuitou nesta terça-feira que “a prevalência de spam foi compartilhada com a junta, mas a junta decidiu não revelar isto ao público”. Com este argumento, Musk tenta justificar o abandono de seu plano de comprar o Twitter por 44 bilhões de dólares, no início de julho, e evitar o pagamento da multa pela rescisão do acordo. Antes de trabalhar no Twitter, Peiter Zatko, mais conhecido como Mudge, ocupou altos postos na Google e na empresa de processamento de pagamentos Stripe, assim como no DARPA, braço de pesquisa tecnológica do Pentágono.

*Com informações da AFP





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