A Justiça do Paraná revogou, nesta sexta-feira, 12, a prisão domiciliar do policial penal Jorge Guaranho, que matou o petista Marcelo Arruda, ex-candidato a vice-prefeito de Foz do Iguaçu (PR), durante uma troca de tiros. Ele será transferido para o Complexo Médico Penal (CMP) de Pinhais, localizado na Região Metropolitana de Curitiba.

Na quarta-feira 10, Guaranho recebeu alta e deveria ter sido transferido para o CMP. No entanto, um ofício do próprio Complexo Médico Penal informou que o local não tinha estrutura suficiente para atender às necessidades médicas do policial penal, que é réu por homicídio duplamente qualificado. Por isso, Guaranho ficou em prisão domiciliar e usou tornozeleira eletrônica.

Em decisão proferida nesta sexta-feira, o juiz Gustavo Germano Francisco Arguello disse que a Secretaria de Segurança Pública (Sesp) informou que o CMP, diferentemente das alegações iniciais, “apresenta plenas condições estruturais e humanas de custodiar o réu”.

Ainda segundo o despacho, um documento anexado aos autos do processo mostra que o CMP “possui condições de garantir a manutenção diária das necessidades básicas do custodiado, com supervisão continua, […] levando em consideração as informações do relatório de evolução médica do paciente”.

Na quarta-feira, Arguello decidiu pela prisão domiciliar e determinou que Guaranho permanecesse em casa até que fosse possível “eventual remanejamento do réu para estabelecimento adequado, ainda que em outro Estado da Federação”.

O caso

Arruda morreu na madrugada de 10 de julho, data em que celebrava seu aniversário de 50 anos. A confraternização, com aproximadamente 40 convidados, estava ocorrendo na Associação Recreativa Esportiva Segurança Física Itaipu (Aresf).

De acordo com as testemunhas, por volta das 23 horas, Guaranho invadiu a festa e disparou contra o aniversariante. Arruda sofreu dois disparos. Mesmo ferido, segundo relatos, conseguiu revidar e atingiu um segundo agressor com um tiro na cabeça. Ele foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.

Vídeos divulgados dias depois da troca de tiros mostram o início da discussão que levou à morte do petista. Em um primeiro momento, como mostram as imagens, Guaranho chega de carro ao local da festa e grita em direção a Arruda. Ele é recebido com pedradas. O policial penal vai embora, mas volta tempos depois. Ele desce do veículo, saca uma arma e, ao que parece, dispara duas vezes em direção ao interior do espaço onde ocorria a festa.

Em outras imagens, é possível ver que Guaranho entra na festa e dispara duas vezes contra o petista. Mesmo caído, Arruda consegue reagir e ferir Guaranho. Na sequência, um colega do petista chuta pelo menos quatro vezes a cabeça do policial penal.

O guarda municipal era casado e pai de quatro filhos, entre eles, um bebê de 1 mês. Ele era diretor do Sindicato dos Servidores Municipais de Foz do Iguaçu (Sismufi) e tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) na região.





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