Militares da área cibernética das Forças Armadas pediram explicações ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sobre o funcionamento das urnas eletrônicas. Querem detalhes sobre os procedimentos técnicos, a transparência e a segurança das urnas eletrônicas. O objetivo é evitar o que identificam como risco de fraude.
O pedido de informações foi feito no começo de dezembro de 2021. Não houve resposta. O Poder360 apurou que foi reiterado oficialmente na 6ª feira (28.jan.2022), portanto quase 2 meses depois do 1º pedido de informações.
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O TSE implantou em setembro a CTE (Comissão de Transparência Eleitoral), que inclui representantes do Exército, Polícia Federal, Ministério Público, Congresso, TCU (Tribunal de Contas da União), OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Faz parte de uma série de medidas anunciadas pelo tribunal para o acompanhamento do processo eleitoral.
Em novembro de 2021 houve um teste da urna eletrônica. O Exército foi convidado a participar, mas não mandou representante.
O general da reserva Fernando Azevedo deverá ser o novo diretor-geral do TSE em fevereiro. Azevedo foi ministro da Defesa até março de 2021, até ser demitido pelo presidente Jair Bolsonaro. A escolha do general tem o objetivo, entre outros, de contrapor os questionamentos dos militares sobre a segurança das urnas eletrônicas.
O Poder360 procurou o TSE, que não respondeu à solicitação até a publicação deste texto. O espaço segue aberto para manifestação.