Os agentes da Polícia Federal estão nas ruas de Campina Grande nesta quinta-feira, 15, para cumprir mandados de busca e apreensão contra o empresário Bueno Aires e outros integrantes da empresa de criptomoedas Fiji Solutions. Bueno foi preso ontem no Rio de Janeiro acusado de participação em abuso sexual infantil.
A Operação Ilha da Fantasia, deflagrada hoje, é para combater crimes contra o sistema financeiro nacional e de organização criminosa, em tese cometidos por gestores das empresas Fiji e Softbank. Os investigados captaram recursos de clientes, prometendo pagamento de remuneração expressiva, que seria obtida através de operações de compra e venda de criptoativos.
Na manhã de hoje, Breno Azevêdo, diretor financeiro da empresa, e a diretora executiva, Emilene Marilia Lima estão entre os alvos. A busca e apreensão inclui documentos e equipamentos eletrônicos.
Nos últimos 3 anos foram movimentados pelos principais investigados, valores equivalentes a aproximadamente 600 milhões de reais.
Foram cumpridos um total de oito mandados de busca e apreensão nos municípios de Campina Grande (três no bairro de Itararé e quatro no bairro Catolé) e Gurjão, além de três mandados de prisão preventiva.
O nome da operação remete a um dos nomes comerciais utilizados pelo grupo criminoso, e ainda ao modus operandi empregado, que envolvia a promessa de rendimentos irreais aos investidores.
Gurjão é a cidade natal do empresário Bueno Aires que ficou conhecido por gostar de ostentar. Ele chegou a viajar para Gurjão de helicóptero para impressionar os conterrâneos. O percurso entre Campina Grande e Gurjão é de 86,2 km e pode ser feito de carro em pouco mais de uma hora.
Bueno também compartilhava registros de viagens internacionais, em primeira classe e a rotina em hotéis de luxo.




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