O Flamengo reencontra nesta terça-feira, 7, às 16h (de Brasília), na estreia do Mundial de Clubes, um velho conhecido: o Al Hilal, da Arábia Saudita, rival que esteve justamente no caminho do clube na última participação na competição. Foi em 17 de dezembro de 2019, em Doha.
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O Rubro-Negro, então comandado pelo português Jorge Jesus, precisou mostrar poder de reação para virar a partida para 3 a 1 e passar à final da competição. O novo duelo acontece no estádio Ibn Batouta, na cidade de Tânger, em Marrocos, curiosamente, sem o principal protagonista daquela partida.
Autor de um gol e uma assistência, além de participação direta no terceiro gol, o atacante Bruno Henrique está entre os 31 atletas que viajaram para o Marrocos, mas ausente da lista final de 23 inscritos.
O jogador ainda passa por um processo de transição física depois de sofrer grave lesão multiligamentar no joelho direito, em junho do ano passado, e aguarda para retornar aos gramados.
Naquele ano, ele viveu o melhor momento de sua carreira com 35 gols e 15 assistências em 62 partidas disputadas na temporada. Ainda foi eleito o Rei da América pelo jornal uruguaio El País. Hoje, o parceiro de Gabigol é Pedro, também em ótima fase.
Assim como o antigo titular, Pedro está no auge da carreira. Demorou a conseguir cavar a titularidade, mas se firmou no último ano com 29 gols em 59 partidas, além de sete assistências. Terminou a última Libertadores como artilheiro, com 12 gols, e com a seleção brasileira para a Copa do Mundo do Catar.
Do time que iniciou em 2019, cinco nomes devem ser escolhidos por Vítor Pereira em 2023: Gerson, que retornou neste ano, Filipe Luís, Everton Ribeiro, Arrascaeta e Gabigol seguem na equipe titular.
A escalação completa teve: Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Marí e Filipe Luís; Willian Arão, Gerson, Everton Ribeiro e Arrascaeta (Piris da Motta); Bruno Henrique (Vitinho) e Gabigol.
Filipe Luís possui apenas dois jogos na temporada porque vinha se recuperando de uma lesão no músculo posterior da coxa direita, sofrida ainda na final da última Libertadores, contra o Athletico Paranaense, em outubro.
A maior parte dos nomes escalados naquele dia já deixaram o clube: Diego Alves, Rafinha, Pablo Marí e Willian Arão. Além deles, os reservas Piris da Motta e Vitinho também foram negociados.
Remanescente, o zagueiro Rodrigo Caio dificilmente será aproveitado. Ele ficará como opção na reserva. O defensor atuou uma única vez no ano. Bruno Henrique, por sua vez, só acompanha a equipe na viagem.
A semifinal de pouco mais de três anos atrás começou com um Flamengo irreconhecível. A equipe que havia perdido só oito vezes até ali em 72 partidas disputadas na temporada parecia que engrossaria a lista de vexames brasileiros – que conta com as eliminações do Internacional para o Mazembe, em 2010, do Atlético Mineiro para o Raja Casablanca, em 2013, e do Palmeiras para o Tigres, em 2020.
Após boas chances desperdiçadas, aos 17 minutos, Salem Al-Dawsari abriu o placar. Após rápida e envolvente troca de passes, o meia-atacante saudita recebeu a passe próximo a marca do pênalti e não perdoou. A bola ainda desviou no zagueiro espanhol Pablo Marí antes de vencer Diego Alves.
Para o segundo tempo, após boa jogada iniciada por Rafinha, Gabigol encontrou Bruno Henrique livre na área. O camisa 27 só rolou para Arrascaeta escorar sem dificuldades para empatar. Do trio, a lateral direita hoje é ocupada por Matheuzinho, que ganhou a posição do uruguaio Guillermo Varela após atuações pouco convincentes.
Assim como na Libertadores, Jesus optou por usar o experiente meia Diego Ribas, já aposentado, para a vaga de Gerson. O então camisa 10 encontrou novamente Rafinha, que cruzou de primeira para Bruno Henrique cabecear e virar: 2 a 1.
Na sequência, Diego, novamente, encontrou Bruno Henrique livre. O atacante cruzou e fez Ali Al-Bulayhy mandar contra para o próprio gol. O rival foi titular na vitória diante dos Wydad.
O Flamengo deve ir a campo com: Santos; Matheuzinho, David Luiz, Léo Pereira e Filipe Luís; Thiago Maia, Gerson, Everton Ribeiro e Arrascaeta; Gabigol e Pedro.
Novamente, o Rubro-Negro sonha com um desfecho parecido: chegar na decisão. Desta vez, porém, espera ter menos dificuldades. Se passar, enfrentará o vencedor do duelo entre Real Madrid e Al Ahly, do Egito.