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Isolamento de cinco dias? Afinal, quanto tempo estamos contagiosos com a Ómicron

A Inglaterra reduziu o isolamento de quem tem Covid para cinco dias. Em Portugal são sete (cinco na Madeira e nos Açores). O que diz a ciência?

Apartir da próxima segunda-feira, as pessoas infetadas com Covid-19 em Inglaterra terão de ficar isoladas apenas cinco dias completos após início de sintomas ou após o resultado do teste positivo. A partir do sexto dia podem sair de casa se tiverem dois autotestes negativos feitos no quinto e no sexto dias.

Esta redução (que em dezembro já tinha sido de 10 para sete dias) visa, segundo o ministro da Saúde, Sajid Javid, maximizar a atividade económica e “minimizar o risco das pessoas abandonarem o isolamento”. Ou seja, a economia e a saturação das pessoas ditam as regras. E a Ciência, tem alguma coisa a ver com isto?

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Dados da Health Security Agency britânica sugerem que dois terços das pessoas infetadas já não estão infecciosas ao fim de cinco dias de isolamento. Ou seja, ao fim de cinco dias, 31,4% dos casos positivos continuam a espalhar o vírus; ao fim de sete dias essa percentagem desde para 15,8%; e ao fim de 10 dias apenas 5,5% das pessoas continuam a poder contaminar outros.

Em Portugal, os assintomáticos e as pessoas com sintomas ligeiros podem sair de casa a partir do sétimo dia, sem precisarem de fazer qualquer teste. Na Madeira, isso acontece ao fim de cinco dias. com a obrigatoriedade de usar máscara nos cinco dias seguintes.

No final de dezembro, também o americano CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças) recomendava a redução do isolamento para cinco dias em caso de doença assintomática ou com sintomas leves que já estejam resolvidos ao quinto dia (por exemplo, não ter febre há 24 horas). O CDC recomendou ainda que se usasse máscara nos cinco dias seguintes.

O que dizem então os estudos sobre o período de contágio da variante Ómicron?

As variantes anteriores, incluindo a Delta, tinham um período médio de incubação (o tempo entre a infeção e o aparecimento dos sintomas) de seis dias. Uma série de estudos, já revistos pelos pares, mostram que o pico do contágio situa-se pouco antes dos sintomas aparecem e nos próximos sete dias.

A Organização Mundial de Saúde recomenda um isolamento de 10 dias para pacientes assintomáticos e sintomátios, sendo que estes devem ficar afastados dos outros pelos menos três dias após o desaparecimento dos sintomas. A OMS tem contestado a redução, em vários países, do período de isolamento. É que os novos estudos sobre a Ómicron são ainda prematuros e não revistos pelos pares.

No entanto, as pesquisas mostram que esta variante comporta-se de maneira diferente. Num estudo publicado pelo CDC conclui-se que, entre os casos Ómicron analisados, o período médio de incubação era de três dias. O mesmo verificou o instituto de saúde pública da Noruega. São ainda conclusões preliminares, à medida que as investigações sobre a nova variante avançam.

Um período de incubação mais curto explica a rapidez com que a Ómicron se espalha. Para o Instituto de Medição e Avaliação de Saúde da Universidade de Washington, nas próximas seis a oito semanas 50% da população na Europa e Ásia Central pode ser infetada com a variante Ómicron.


Com informações de Visão


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