Durante a cerimônia de abertura do Ano Judiciário no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira, 1º, o presidente Lula imitou um dos costumes próprios do ex-presidente Michel Temer: o uso da mesóclise em discursos. Isso ocorre quando o pronome aparece no meio do verbo.
“O que temos de ter consciência é que poder-se-á não gostar do Congresso Nacional, mas ele é o resultado da quantidade de informações e do humor no dia da votação”, disse Lula, diante dos ministros.
Nesse caso, o uso da mesóclise está incorreto. Isso porque a partícula “que” atrai o pronome (se). A frase correta deveria ser: “O que temos de ter consciência é que se poderá não gostar do Congresso Nacional, mas ele é o resultado da quantidade de informações e do humor no dia da votação”.
“Descrença da política”
Em seu discurso, Lula elogiou a “retomada da harmonia” entre os Poderes. “Nunca mais alguém deve ousar duvidar da política deste país nem desacreditar da política”, disse o presidente. “O que aconteceu neste país foi resultado da descrença da política pelo povo brasileiro.”
E prosseguiu. “Portanto, temos de respeitar e só mudar quatro anos depois, quando tiver uma próxima eleição. Assim que a gente vai sustentar definitivamente a democracia mais longínqua que conseguimos conquistar na República Federativa do Brasil.”
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