O presidente da República e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) prometeu nesta sexta-feira, 14, a criação do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços, caso seja reeleito.
Segundo o chefe do Executivo, o comandante da pasta será um mineiro. O presidente fez o anúncio, durante um evento com mais de 600 prefeitos do Estado. Bolsonaro, contudo, não deu muitos detalhes sobre como será a futura pasta, em um eventual segundo mandato.
“O Brasil precisa caminhar para a frente”, disse Bolsonaro, ao ser ovacionado pelos convidados.
Bolsonaro esteve em Minas Gerais, em evento que reuniu mais de 600 prefeitos em Belo Horizonte (MG). Ao lado do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, o chefe do Executivo alertou para a necessidade de o país continuar com as reformas liberais e abolir as políticas estatistas.
“Nosso país é rico”, ressaltou Bolsonaro. “Uma terra abençoada. Há pouco tempo, foi comandado por assaltantes que destruíram as estatais. O cara não leva água para o Nordeste e promete picanha.”
Bolsonaro celebrou os programas sociais criados pelo atual governo. “O Auxílio Brasil é três vezes maior que o Bolsa Família”, disse. “E isso ajuda na economia dos municípios. Vamos dar 13º do Auxílio Brasil às mulheres. Já tive acesso aos dados preliminares. O país está saindo da chacina. O Brasil está dando certo no combate ao crime organizado, no respeito às mulheres.”
Ministério esteve na pauta com prefeitos
Prefeitos de cidades mineiras onde Lula ganhou acreditam na virada do presidente Jair Bolsonaro no Estado. É o caso de Maria Cecília (PSD), de Vargem Alegre, a pouco mais de 300 quilômetros de Belo Horizonte.
Segundo a prefeita, a maioria da população de seu município escolheu Lula porque o petista vendeu soluções fáceis para problemas complexos. “São pessoas simples”, disse Maria Cecília. “Lula veio com um discurso apelativo, prometendo picanha. Um absurdo. Mas o presidente Bolsonaro tem propostas concretas e reais. Com isso, acho possível virar os votos.”
A prefeita de Santa Bárbara do Leste, Wilma Pereira (PP), vê o apoio do governador Romeu Zema (Novo) como a chave para Bolsonaro conseguir superar Lula no Estado. “O governador fez uma boa gestão e as pessoas vão enxergar isso”, afirmou. “A vantagem de Lula, no meu município, deu-se por causa da abstenção. Contudo, vejo mais engajamento agora por uma posição mais definida, por mais segurança e pelas famílias.”