O índice de violência em Patos vem chamando a atenção da sociedade que, assustada, procura fuga em outras cidades, ou dentro de casa.
O cidadão cada vez mais preso, enquanto os bandidos fazem a festa diante das autoridades constituídas.
O prefeito, em suas redes sociais, fez um vídeo onde tranquilizava a população, afirmando que teria falado com o governador João Azevêdo, que revelou que tomaria as providências necessárias.
O deputado estadual Érico D’Jan também postou em suas mídias que teria feito igualmente Nabor Wanderley.
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Logo algumas viaturas foram vistas circulando pela cidade, durante a manhã e tarde do dia seguinte às declarações desses políticos. Mas, segundo informações, o efetivo pertencia a cidades subordinadas ao 3º Batalhão, o que ainda seria normal, pois isso faz parte da estratégia de qualquer setor de segurança.
O problema é que, de repente, já não se via tal aparato policial e a violência voltou a ser o assunto diário de Patos. Prenderam suspeitos e mais suspeitos, mas a violência, com matança e assaltos, continuou. E continua até o instante atual.
A ausência do Estado é sentida desde o Governo anterior, que tinha os mandatários dos municípios sob seus pés, e os aliados, invés de conseguirem benefícios para suas cidades, eram obrigados a baixar a cabeça por diversos motivos, desde o financiamento de campanha, como à obediência ao chefe maior.
Acabamos descobrindo, também, que um deputado impedia o pedido do outro, para não beneficiá-lo politicamente na região.
E agora, o que vemos?
Um Estado dotado de recursos financeiros, sem aparato tecnológico, aeronaves e outras coisas mais, no propósito de garantir a segurança que as famílias paraibanas suplicam e que precisam, com urgência!
Não investiram no efetivo policial; os que ficaram, não poderiam se aposentar, pois perderiam gratificações negociadas em outras épocas.
A remuneração atual não estimula o trabalho desses valentes guerreiros “Selvas,” como são cumprimentados.
E não é falta de preparo dos policiais, pois já fiz várias coberturas jornalísticas de treinamentos dos militares e civis e afirmo que esses destemidos militares, se passarem dez dias embrenhados na caatinga, é o mesmo que estarem em hotel cinco estrelas. É que o dever e o senso de proteção dos lares paraibanos falam mais alto, e num serviço de inteligência, tanto da PM como da PC desvendaram muitos casos em nossa cidade.
Competentes profissionais da segurança é o que não faltam; não vou citar nomes, para não haver omissão, embora sejam todos homens e mulheres capazes de sacrificar a própria vida, para salvar a de quem necessita de segurança.
Operações exitosas, que a equipe do 3º Batalhão desenvolveu no Sertão, a exemplo de assaltantes impedidos de ação criminosa, antes de cometerem seus crimes, além de muitas outras atividades, como apreensão de drogas e outros materiais ilícitos.
Eram tão competentes que faziam parte da Força Nacional de Segurança.
E hoje o que vemos é essa inércia. Valendo salientar que, naquele tempo, não existia uma aeronave, como o helicóptero Acauã, para auxiliar nas operações.
O Estado é soberano e acredito que as autoridades tomarão consciência do dever de cuidar do povo de Patos, assim como do restante desta Paraíba, onde o império do crime toma feições alarmantes, a cada dia, e onde políticos de rabo preso se calam diante do poder econômico dos detentores do poder!
Por: Marcelo Negreiros – Editor do blogdonegreiros1.com
Parabéns pela matéria, falou tudo.