O Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) tem 280 menores de idade em processo de transição de gênero. Desse total, cem são crianças de 4 a 12 anos, enquanto 180 são adolescentes de 13 a 17. Além desse público, há cem adultos, a partir dos 18, na mesma situação. Para tratar deste assunto, o programa Oeste Sem Filtro convidou o ginecologista e obstetra Raphael Câmara, membro do Conselho Federal de Medicina pelo Rio de Janeiro.

Segundo Câmara, as avaliações sobre pessoas que têm interesse em cirurgias de transição de gênero são feitas por “pessoas com certo viés ideológico”, o que coloca em risco a saúde daqueles que procuram os hospitais em busca desse tipo de tratamento.

O médico esclarece que o Sistema Único de Saúde (SUS) não faz tratamentos hormonais em menores de 18 anos nem cirurgias em menores 21. Além disso, quem procura pela transição de gênero passa primeiramente pelo acompanhamento de um corpo multidisciplinar, que conta com psicólogos, psiquiatras, endocrinologistas, entre outras especialidades médicas, antes do diagnóstico e da prescrição do tratamento ideal — hormonal ou cirúrgico.

Contudo, Câmara alerta que há falhas na condução dos procedimentos que podem expor os pacientes a perigos. Entre os males apontados pelo médico está o arrependimento que os tratamentos podem causar. “Eles não fazem o acompanhamento de quem não volta”, afirma o especialista, que conclui dizendo: “Lamentavelmente, hoje não há nenhuma base científica nos estudos”.

Uso de hormônios para transição de gênero

Outro alerta feito por Câmara tem relação com o uso de hormônios para pessoas que estão realizando o tratamento para transição sexual. Para o médico, assim como no uso esportivo, os hormônios artificiais são danosos ao organismo. “Não dá para dizer que, no uso estético, não faz mal e no esportivo faz. Nos dois casos mata”, afirmou.

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