Em uma carta encaminhada ao Congresso pela cerimônia em homenagem ao Bicentenário da Independência do Brasil nesta quinta-feira,8, o ex-presidente e candidato ao Planalto Lula (PT) fez críticas aos atos de apoio convocados pelo seu adversário, o presidente Jair Bolsonaro (PL), neste 7 de Setembro.  A cerimônia no Congresso Nacional ocorreu na manhã desta quinta. Bolsonaro não compareceu.

“Bolsonaro poderia ter se dirigido ao povo para falar de paz, de harmonia, de geração de emprego, de educação, de saúde, de combate à fome”, redigiu Lula ao mencionar os atos do 7 de Setembro que reuniram milhares de pessoas em apoio ao presidente. “Mas ele não tem nada a dizer sobre isso, porque não tem nada de positivo para apresentar, nessas ou em quaisquer outras áreas.”

Em seguida, Lula disse que Bolsonaro utilizou a data de orgulho nacional para “mais uma vez espalhar ódio, mentiras, ameaças à democracia” e obter “vantagem eleitoral com uso de recursos públicos”.

O ex-presidente também afirmou que o chefe do Executivo “sequestrou” a data comemorativa e que um exemplo disso ‘é o que ele tenta fazer com a nossa bandeira e com o verde e amarelo, patrimônios do nosso povo”, explicou.

Por fim, o petista saudou a independência do Brasil. “Muito obrigado e viva um Brasil independente, soberano e democrático”. A carta foi lida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), durante a cerimônia do bicentenário da independência no Congresso Nacional. Lula não pode comparecer no local. O evento ocorreu nesta quinta-feira, 8.

FHC e Dilma também enviam saudações

Os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) também enviaram cartas com manifestações ao Congresso. Dilma também usou o texto para atacar o atual presidente. Além disso, cobrou que as autoridades institucionais reagissem à “afronta” de Bolsonaro nos atos do Sete de Setembro.

“O Brasil assiste ao chefe de Estado sequestrar a data histórica em benefício de sua própria candidatura eleitoral”, escreveu a petista. “É grave o que assistimos ontem. Uma afronta à democracia. A autoridade máxima da nação fez isso de maneira rude e sem compromisso com o Estado Democrático de Direito, que jurou honrar e respeitar ao ser empossado presidente da República.”

Já Fernando Henrique, preferiu saudar a democracia brasileira e lembrar que o Congresso é o lugar onde se desenvolve a “verdadeira democracia”. “A pátria, afinal, não se politiza”, redigiu. “Nem a sua história, nem os seus feitos, nem os seus símbolos. Celebremos a pátria pelo que ela representa, e não pelos que a ela representam.”

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